quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge Anne Hathaway discute a Mulher-Gato


O jornal Los Angeles Times esteve no set londrino de Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge  e publicou uma interessante entrevista com Anne Hathaway, a Mulher-Gato  do filme. Nela, a atriz elogia o figurino e fala bastante sobre a construção de sua personagem, suas referências e como a vilã/heroína é definida pela Gotham City e a visão do criador do momento.
“Eu amo a roupa. Tudo tem seu propósito nela, nada é deixado ali em nome da fantasia - e isso é o caso com tudo na Gotham City de Christopher Nolan, explicou. "A história é forte e isso é muito importante em uma franquia criada ao redor de sombras e símbolos. Gotham City é elegante”, disse Hathaway. “Se você olhar para a performance de Heath [Ledger] como o Coringa, verá muita loucura ali, mas também graça e um código. Há muitas crenças e códigos de comportamento em Gotham e minha personagem também tem um. Muito da maneira como ela se move e interage com as pessoas é resultado de sua maneira de ver o mundo. Chris nos deu maneiras de ver o mundo tão complexas, definidas e sofisticadas que é só uma questão de fazer sua lição de casa e entrar sob a pele do personagem”.
Sobre seu envolvimento com os quadrinhos, Hathaway disse que só os procurou depois de ser contratada - e que a atriz vienense Hedy Lamarr, que o criador de Batman Bob Kane revelou na época tratar-se de uma influência na criação da Mulher-Gato, foi uma inspiração na sua interpretação. “Eu sei que isso soa estranho, mas a respiração dela é extraordinária. Ela inspira longamente e languidamente e respira devagar. Eu trabalhei bastante nisso”.
Fora as declarações, os dois primeiros parágrafos da matéria tem algo muito interessante, que é a descrição de uma cena, além de alguns elementos da roupa da personagem:  
Gotham é uma zona de guerra. Um louco chamado Bane tirou qualquer sensação de segurança da cidade e os cidadãos, abatidos, segurando malas com a ansiedade de refugiados, sentam-se atrás do arame farpado à espera do que vai explodir em seguida. Um prisioneiro encapuzado é arrastado - é Bruce Wayne, um dos rostos mais famosos de Gotham - mas os olhos da multidão estão voltados para a mulher de preto no topo da escada. 
"Desculpe por estragar as coisas, meninos, mas Bane precisa mesmo desses caras", diz uma atraente Selina Kyle, andando com saltos agulha que, vistos mais de perto, têm bordas serrilhadas capazes de deixar marcas em uma luta. Ela também usa óculos de visão noturna que, fora de uso no topo da cabeça, se assemelham a orelhas felinas.

"Desculpe por estragar as coisas, meninos, mas Bane precisa mesmo desses caras", diz uma atraente Selina Kyle, andando com saltos agulha que, vistos mais de perto, têm bordas serrilhadas capazes de deixar marcas em uma luta. Ela também usa óculos de visão noturna que, fora de uso no topo da cabeça, se assemelham a orelhas felinas.

Hathaway disse também que o set de Nolan é um dos mais organizados que já viu - "uma operação bem desenvolvida" - e que isso torna um prazer dar o seu melhor durante as filmagens. Já para o diretor, a qualidade teatral naturalista da atriz é sua maior qualidade. "Precisávamos exatamente disso para esse desafio", disse.
Sobre a tradição das Mulheres-Gato nas telas, Hathaway explica que “tudo o que veio antes não limitou ou afetou esta nova versão. Não afeta porque cada Mulher-Gato - e isso também funciona nos quadrinhos - é definida pelo contexto da Gotham City criada ao seu redor. Ela é influenciada por Gotham e quem quer que esteja criando a cidade naquele momento. A Mulher-Gato de Michelle Pfeiffer era um produto de Tim Burton e Eartha Kitt era um produto da Gotham de Adam West. Você tem que viver a realidade de Gotham naquele momento", concluiu.

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